quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Ecos do 1º Congresso de Xadrez Pedagógico dos Países de Língua Oficial Portuguesa (III)

 



xeque_mate_cartaz_2006

Manuel Pintor (presidente da AXP) foi um dos convidados para este congresso e começou por falar do projecto Xeque-mate que se iniciou em 2004. Tratou-se de um plano a nível municipal (pelouro da educação), em parceria com a AXP – Associação de Xadrez do Porto e que envolveu muitas escolas e contou com o apoio financeiro da CM Porto e o apoio técnico da AXP. Atingiu o seu ponto alto no 2º ano do projecto envolvendo cerca de 3000 jovens a praticar xadrez no pavilhão Rosa Mota.  

jogo_na_sala_01


O desenvolvimento do xadrez no âmbito do desporto escolar ficou de certo modo coartado pelo facto de ter de ser obrigatoriamente dirigido apenas por professores de educação física retirando a possibilidade de ser implementado por técnicos especializados da modalidade. Um dos problemas do nosso xadrez reside nas relações públicas e no marketing. Há muita dificuldade em vender a imagem desta modalidade. Era importantíssimo que isso acontecesse para podermos obter mais patrocínios e praticantes. Ao contrário de outras modalidades desportivas que facilmente podem fazer com que os patrocinadores vendam milhares de sapatilhas e de equipamentos diversos. No xadrez o que é que se pode vender? Alguns bonés?! Tabuleiros? Que duram uma eternidade! Não existindo uma dinâmica junto das marcas não existirá qualquer potencial apoio financeiro.

Manuel Pintor concluiu referindo que:

O Xadrez é visto com nobreza pela sociedade mas não é acarinhado pela sociedade’.

Os pais dão com maior facilidade 20/30 Euros para os filhos praticarem qualquer outra modalidade desportiva do que dão 2 ou 3 euros para jogar xadrez.

Continuaremos, nos próximos dias, a revelar neste blog mais algumas experiências e reflexões partilhadas neste 1º Congresso de Xadrez Pedagógico.

Sem comentários: